A sensibilidade na medicina - um trajeto do exame à escuta, pela mão da medicina narrativa.

Munira Aiex Proença, Ana Ribeiro Rosa, Agnes Cruvinel, Manuela Rodrigues Müller

Resumo


A formação médica esteve centrada nas disciplinas técnico-científicas, privilegiando o raciocínio científico e as intervenções clínico-cirúrgicas. Ainda que as inovações curriculares denotem a necessidade de reformulação deste modelo, reorientando-o para uma formação mais generalista e humanista, perpetua-se um ensino pautado pelas tecnologias duras. O desenvolvimento das aptidões propedêuticas pouco valoriza o despertar da sensibilidade para aspectos subjetivos e relacionais. Este trabalho pretende evidenciar a importância da sensibilidade na formação médica pela inclusão da competência narrativa nos currículos médicos. Argumentamos que o cuidado integral, ampliado, se constrói pela integração da sensibilidade para os elementos biológicos, subjetivos e relacionais do processo saúde-doença-busca de cuidado, num enredo que dá sentido à experiência do adoecimento. Quanto melhor os clínicos souberem ouvir, absorver e interpretar os relatos que lhes trazem, melhor poderão estabelecer uma conexão que promova a mudança, cumprindo o cuidado.

 

Palavras-chave


encontro clínico; educação médica; empatia; humanidades; medicina narrativa.

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DOI: https://doi.org/10.53357/EQFA1825

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